E é dada a largada! Desde o começo do ano a expectativa em torno da Copa do Mundo se tornou a força vital dos brasileiros e mais especificamente esses dias, por conta da tão esperada convocação. Oh! Enfim irá sair a lista dos 23 jogadores que irão para Copa, sim tudo bem, e daí? Realmente na situação em que o Brasil anda esse mês é o único momento de esperança em que os brasileiros se tornam realmente brasileiro e é só por esse futebol que nos tornamos verdadeiros nacionalistas, sem nem mesmo termos noção do que isso significa. É com isso podemos dar parabéns a política do pão e circo, instituída há muito tempo atrás em Roma. Aí daqui alguns meses todo esse sentimentalismo irá ser esquecido, como tudo que ocorre nesse país, e quando as eleições chegarem ninguém vai mais carregar esse sentimento, e até concordo porque não levam esse sentimento para as urnas, já que os acontecimentos de nossa história não permitem brechas para real consciência política, mas será que alguém sabe pelo menos os “tipos” de candidatos dessas eleições? Será que antigas “figurinhas” errantes vão se candidatar mais uma vez a um cargo público, e o que esse público hein? As veses penso que nem eles tem a consciência do que é algo público.
Não quero aqui dizer que a Copa não é um momento importante e muito menos que quero que todos entendam de política, mas será que realmente, mesmo na situação caótica de corrupções para todos os lados, não deveríamos perceber o que está acontecendo com o nosso presente, pois não vou nem entrar no critério do pensar o futuro, já que não o conseguimos “mudar”.
O brasileiro realmente, no âmago de sua existência, já está acostumado e acomodado com essa situação, afinal quem consegue viver nessa vida do “velho jeitinho brasileiro” não tem mais atenção e nem se assusta com nada, só faz acomodar as coisas da melhor forma, onde “todos” saem satisfeitos. É por isso que burlamos a fila, os impostos, a lei, e tudo vai crescendo e nem nos apercebemos e quando vemos estamos no fundo do poço, agindo como verdadeiros “bandidos”. E então me diga, qual a diferença de quem sonegou o imposto e quem roubou uma lata de leite no supermercado, porque o filho tava com fome? O primeiro agiu de má fé, burlando mesmo, e o outro foi de encontro com a necessidade. Realmente a oportunidade faz o ladrão. Mas continuamos a passar despercebidos por tudo, como um pai que vê se filho agindo errado, mas continua a passar a mão na sua cabeça.
É Brasil é ano de Copa, mas vem aí as Eleições!
